A seleção dos governantes

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Imagem de arquivo.

Os ministérios estão preenchidos de pessoas especializadas em coisa nenhuma, auferindo vencimentos elevados que sobrecarregam o Erário e agravam muito o Orçamento.

Por Brasilino Godinho *

O ano de 2023 está iniciando com um rol de escândalos e de factos que deslustram o país.

Em cadência absurda sucedem-se as demissões de ministros e de secretários de Estado; num governo de maioria absoluta.

O que demonstra a ligeireza e irresponsabilidade com que em Portugal são catapultados, a partir dos aparelhos partidários, os dirigentes dos poderes governamental e autárquico.

Atribuem-se os lugares aos jovens das jotas partidárias, sem formação profissional e destituídos de princípios e de valores culturais e de preceitos éticos e morais.

Os ministérios estão preenchidos de pessoas especializadas em coisa nenhuma, auferindo vencimentos elevados que sobrecarregam o Erário e agravam muito o Orçamento.

A Declaração, agora aprovada, referente aos futuros governantes, convocados a declarar que não têm impedimentos para o exercício dos cargos, aparenta ser uma forma capaz de introduzir alguma seriedade e moralidade no sistema da Administração Pública.

Mas, atendendo à corrupção instalada nos mais diversos domínios da sociedade portuguesa, é de crer que os resultados da aplicação de tal norma não sejam correspondentes aos desejados e necessários para introduzir alguma eficácia e moralidade no sistema.

Vamos aguardar o desenvolvimento da situação.

* Doutorado em Estudos Culturais, autor. https://www.facebook.com/brasilino.godinho

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