A história das guitarras de Kurt Cobain contada por editor musical de Ovar

1267
Comercio 780

‘Kurt Cobain: A História Contada Em Guitarras’, para além de fotografias do lendário compositor de Aberdeen e das suas guitarras (doadas por fotógrafos, casas de leilões e pelo Museu da Cultura Pop de Seattle), oferece ainda uma experiência multimédia completa através de tecnologia QR Code ,que conduz o leitor à fila da frente dos concertos destrutivos da banda dos Nirvana.

Por Joel Costa *

Mais do que um guia com especificações técnicas, esta é uma edição de autor que apresenta uma narrativa detalhada do percurso dos Nirvana e das guitarras utilizadas por Kurt Cobain, contextualizando cada uma delas na história do grupo.

Das guitarras Univox que marcaram os primeiros anos da banda que imortalizou o músico, à Fender Jag-Stang que desenhou a partir dos modelos Jaguar e Mustang, não esquecendo a Martin D-18E que usou nas gravações de MTV Unplugged e que foi leiloada em 2020 por um valor recorde de seis milhões de dólares, esta é a história dos Nirvana e dos instrumentos que ajudaram Kurt Cobain a tornar-se na voz de várias gerações.

O livro, de 112 páginas a preto e branco está à venda com portes gratuitos na loja online da Guitarrista (https://guitarrista.jumpseller.com/cobain).

“Embora numa fase inicial tenha confiado em guitarras mais económicas, mesmo depois de ver a sua situação financeira melhorada não era de todo anormal vê-lo exibir uma Squier munida de um pickup Seymour Duncan Hot Rails, o ideal para obter a sonoridade quente e pesada que ouvimos no rock e no heavy metal.
Predominam os modelos destros, apesar de ser canhoto, o que de certa forma acabaria por ser decisivo no som dos Nirvana, uma vez que ao inverter a disposição das cordas sem que alterasse o esquema da ponte e dos pickups, as cordas mais graves adoptavam um som mais brilhante e directo, com as agudas a receber um toque mais meloso. As guitarras para esquerdinos eram mais difíceis de encontrar e, portanto, mais dispendiosas.
Com os esquerdinos a representarem apenas entre 10 a 15% da população mundial, os fabricantes de guitarras não têm nos modelos destinados a esta minoria uma prioridade, em virtude destas guitarras falharem na tradução de um produto economicamente viável. Mais tarde, a Fender teria em consideração as modificações que Kurt Cobain efectuava nas guitarras da marca, disponibilizando modelos em consonância com as preferências do músico.”

* Editor da ‘Guitarrista’, publicação dedicada à comunidade de guitarristas em Portugal e no Brasil por empresa com sede na cidade de Ovar.

Publicidade, Serviços & Donativos