Praia da Costa Nova, Ílhavo. Foto partilhada por Vitor Cruz (Paramotor).

O Governo anunciou hoje um financiamento de 1,425 milhões de euros destinado à “intervenção de proteção costeira em Ílhavo”.

A verba da Agência para o Clima, canalizada através do Fundo Ambiental, irá permitir reforçar “a proteção da linha de costa na Costa Nova, em Ílhavo”, contribuindo, assim, “para a segurança de pessoas e infraestruturas”.

Segundo um nota do ministério do Ambiente e Energia, a obra em causa “conjuga alimentação artificial da praia, remoção de esporões obsoletos e relocalização de passadiços, promovendo soluções adaptadas às alterações climáticas.”

O projeto ‘Alimentação Artificial a Sul do Esporão da Barra – Ílhavo’ abrange uma extensão aproximada de 700 metros, seguindo o princípio de “não prejudicar significativamente” com “a integração de soluções com impacto positivo na biodiversidade, nos ecossistemas dunares e na durabilidade da resposta às dinâmicas costeiras”.

Sem adiantar datas de execução, a nota de imprensa refere que a intervenção a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “responde ao agravamento da erosão costeira naquele troço, que ameaça o cordão dunar, o passadiço da praia e outras infraestruturas públicas e turísticas da zona da Costa Nova”, resultando “dos impactos recentes de eventos climáticos extremos registados na região.”

Medidas anunciadas

  • A alimentação artificial da praia resulta do aproveitamento de inertes provenientes das dragagens de manutenção do Porto de Aveiro. Esta ação permitirá repor sedimentos e
    reforçar o cordão dunar, funcionando como defesa natural contra o avanço do mar;
  • A remoção de esporões obsoletos com o reaproveitamento de materiais para reforço da raiz do esporão sul da Barra;
  • A relocalização e requalificação de passadiços, que promoverão o acesso seguro à praia sem comprometer o sistema dunar, e a colocação de paliçadas de contenção e
    regeneração de vegetação dunar.

De acordo com a tutela ministerial, “as medidas respondem de forma integrada ao défice sedimentar da zona, mitigam o processo erosivo e reforçam a segurança de pessoas e bens. São igualmente consistentes com os princípios do Plano de Ação Litoral XXI, bem como com os compromissos nacionais em matéria de adaptação às alterações climáticas e proteção da faixa costeira.”

Discurso direto

“Esta intervenção representa o que deve ser uma resposta moderna aos riscos costeiros: técnica, célere e ambientalmente sustentável. Estamos a proteger pessoas, bens e património natural com soluções baseadas na natureza e no reaproveitamento de recursos. O Governo está empenhado em antecipar riscos e em atuar onde os efeitos da erosão são mais visíveis. Este protocolo é mais um exemplo da nossa estratégia de ação climática no território, com financiamento garantido e execução concreta” – Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e da Energia.

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