Unidade de Saúde / Edifício sede da Junta de Travassô, Águeda.

“Este é um plano sério, com metas e prioridades definidas e com a coragem de fazer diferente. Não se trata apenas de um documento técnico, é o reflexo da nossa visão política para contribuir para um concelho cada vez mais saudável, humano e coeso”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, segunda-feira, na apresentação da Estratégia Municipal de Saúde (EMS).

Numa sessão pública que juntou, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, técnicos, profissionais da área da saúde, autoridades públicas e cidadãos interessados, foram apresentadas as linhas orientadoras de um documento que “não está fechado e tem sempre espaço para os contributos que promovam a melhoria da qualidade de vida das nossas populações”.

Em cinco eixos estratégicos, 17 linhas de ação, 57 atividades e 109 indicadores e metas, a EMS de Águeda, que é o primeiro documento estratégico elaborado por um Município no quadro a ULS Região de Aveiro (que agrega 10 concelhos), aborda desde a literacia em saúde (educação, formação e autocuidado), a requalificação e melhoria contínua das infraestruturas (telemedicina e qualidade das instalações), a promoção de ambientes saudáveis (espaço público, envelhecimento ativo, hábitos saudáveis), até à mobilidade, à equidade no acesso à saúde e à retenção de profissionais.

Eixos, medidas e estratégias que “refletem o nosso compromisso com políticas públicas inclusivas, sustentáveis e centradas na prevenção e no bem-estar” e que são uma extensão da atuação do Município na área da Saúde. De facto, a EMS sistematiza o que já foi feito, expande a ação municipal com novas metas e compromissos e demonstra “uma visão moderna, colaborativa e sustentável para a saúde pública”.

Reforçar os cuidados de proximidade, criar espaços públicos mais saudáveis, seguros e acessíveis, promover o envelhecimento ativo e capacitar a população para fazer escolhas conscientes e informadas estão entre as metas deste plano que quer transformar Águeda numa “Healthy Smart City” (Cidade inteligente saudável), contribuindo, “a partir de Águeda, para uma melhor saúde para a nossa população”, declarou Jorge Almeida.

Defendendo que “a saúde é não apenas ir ao médico e que cuidar da saúde é cuidar da vida”, o Presidente da Câmara de Águeda sublinha que a EMS tem a ambição de integrar a saúde, “de uma forma cada vez mais abrangente, em todas as nossas políticas e sobretudo na orientação da vida das pessoas”, como a mobilidade, urbanismo, educação e ambiente, de forma a “manter este concelho ainda mais saudável, onde vale a pena viver, com dignidade, qualidade e futuro”.

Esta é uma estratégia “feita com as pessoas e para as pessoas”, liderada pelo Gabinete de Gestão de Serviços de Saúde do Município de Águeda, e que conta com o envolvimento de todos, cidadãos, associações, escolas, profissionais de saúde, instituições, juntas de freguesia e setor privado.

A criação deste gabinete, em funcionamento desde o ano passado, foi motivo de elogio público por parte de todas as entidades presentes na sessão, que atestaram este como um “modelo a ser seguido e com resultados evidentes”.

Lara Sutil, coordenadora da ULF Águeda+Saúde, sublinhou precisamente que “a colaboração e interligação com o Município é fantástica; mudou muito a prestação de cuidados, a modificação das instalações e a nossa forma de trabalhar”. Deu como exemplo a unidade que coordena e onde trabalha (localizada no Parque Municipal de Alta Vila) que “é uma clínica privada num serviço público de saúde; em Águeda já praticamente todas são assim”, fruto do investimento que o Município tem feito.

Também Jaquelina Santos, coordenadora da ULS Aqua Saúde (Aguada de Cima) apontou esta aposta do Município de Águeda na melhoria das infraestruturas e na articulação com os serviços de saúde como exemplar e que tem sido o ponto essencial para “atrair médicos para Águeda. Neste momento, desde novembro do ano passado, não temos centros de saúde com médicos em falta; é a primeira vez que tal acontece desde há muito anos”. Tudo isto possível “graças às infraestruturas criadas pela Câmara de Águeda”, declarou.

Também Rosa Tomás, em representação da ULS da Região de Aveiro (que abrange Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos), enalteceu as “belíssimas infraestruturas” de que Águeda dispõe. “Temos que mobilizar as pessoas a aderirem a esta literacia em saúde e adotarem hábitos mais saudáveis”, disse, defendendo que a ULS vai continuar a ser “um parceiro privilegiado do Município” para “manter ativo e potenciar” o Hospital de Águeda.

Este documento, que resulta de um processo participativo (esteve em consulta pública até dia 30 de maio e vai incluir as sugestões apontadas na sessão pública), seguirá para o Conselho Municipal de Saúde, reunião do Executivo e Assembleia Municipal.

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Câmara de Águeda